quinta-feira, 26 de novembro de 2009

QUEM SOU COMO PROFESSOR APRENDIZ?

JESSÉ PESSÔA DA SILVA

Entendo que dentro da disciplina que ministro na atualidade, Geografia, busco despertar a curiosidade de meus alunos e em turmas de alfabetização onde já lecionei sempre busquei e buscarei o mesmo, embora também admito que isso nem sempre se efetive, já que pra gostar de algo, nesse caso mais específico o aluno e precisamente se tratando do conhecimento geográfico, ele precisa ter uma base mínima do assunto que se trata, pois assim o tendo, aquele conhecimento que lhe é transmitido se soma aos seus subsídios anteriores, “como que uma flor ao desabrochar”, sabemos que ocorre lentamente, mais cada etapa trata-se de instantes que completam o processo dessa mesma flor aberta até vir a exalar o seu perfume, “aqui troco por conhecimento”.

E dentro dessa visão e compreendendo as limitações, de cada qual, inclusive as minhas, procuro utilizar e dispor de novas formas de aprender, dos diferentes sistemas culturais de representação do pensamento na tentativa de efetivar o conhecimento dentro daquilo que está ao meu alcance e que a escola me oferece como suporte, assim sendo minha prática pedagógica se dá de forma interativa com meus alunos, procurando ouvi-los e na condição de mestre e das possibilidades institucionais do sistema escolar acatá-los, de modo que aprendo com eles e eles por sua vez comigo, idem quando dessa relação de parceria, ouvir o outro se dá com o meu colega “docente”, penso que ainda melhor, já que vivemos na pele o mesmo prazer e as dores de ser professor.

Logo o meu fazer pedagógico diário de ensinar e aprender na vivência e convivência com seres tão singulares, cada qual, alunos, colegas professores e demais profissionais da escola com suas particularidades e necessidades é mudado constantemente, hora isso na maioria das vezes me faz feliz, me sinto confortável ao amadurecer, hora me sinto demasiadamente entristecido, “psicologicamente estuprado” quando simplesmente cedo, tendo de engolir “guela abaixo”, detalhe: A SECO, determinadas coisas em nome de um Sistema corrompido e ineficiente que urge por reformas urgentes, não falo das paleativas ou dos modismos da educação que são propostos anualmente, ou ainda num período menor de tempo, de um bimestre letivo para o outro, falo de reformas estruturais onde eu professor e alunos aprenderemos para a vida.

domingo, 13 de setembro de 2009

Por que Estudar a Geografia


ESTUDAR GEOGRAFIA é a forma de compreendermos o mundo em que vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor tanto o local em que moramos - seja uma cidade, seja uma área rural - quanto o nosso país, assim como os demais países da superfície terrestre. O campo de preocupação da geografia é o espaço da sociedade humana, onde os homens e as mulheres vivem e, ao mesmo tempo produzem modificações que o (re) constroem permanentemente. Indústria, cidades, agricultura, rios, solos; climas, populações: todos esses elementos - além de outros ­constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive e do qual ela própria é parte integrante.

Tudo nesse espaço depende do ser humano e da natureza. Esta última é a fonte primeira de todo o mundo real. A água, a madeira, o petróleo, o ferro, o cimento e todas as outras coisas que existem nada mais são que aspectos da natureza. Mas o ser humano reelabora esses elementos naturais ao fabricar os plásticos a partir do petróleo, ao represar rios e construir usinas hidrelétricas, ao aterrar pântanos e edificar cidades, ao inventar velozes aviões para encurtar as distâncias. Assim, o espaço geográfico não é apenas o local de moradia da sociedade humana. mas principalmente uma realidade que é a cada momento (re) construída pela atividade do ser humano.

As modificações que a sociedade humana produz em seu espaço são hoje mais intensas que no passado. Tudo o que nos rodeia se transforma rapidamente. Com a interligação entre todas as partes do globo, com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações, passa a existir um mundo cada vez mais unitário. Pode-se dizer que, em nosso planeta, há uma única sociedade humana, embora seja, uma sociedade plena de desigualdades e diversidades. Os "mundos" ou sociedades isoladas, que viviam sem manter relações como restante da humanidade, cederam lugar ao espaço global da sociedade moderna.

Na atualidade, não existe nenhum país que não dependa dos demais, seja para o suprimento de parte das suas necessidades materiais, seja, pela internacionalização da tecnologia, da arte, dos valores, da cultura afinal. Uma guerra civil, forte geadas com perdas agrícolas, a construção de um novo tipo de computador, a descoberta de enormes jazidas petrolíferas, enfim, um acontecimento importante que ocorra numa parte qualquer da superfície terrestre provoca repercussões em todo o conjunto do globo. Muito do que acontece em áreas distantes acaba nos afetando de uma forma ou de outra, mesmo que não tenhamos consciência disso. Não vivemos mais em aldeias relativamente independentes, como nossos antepassados longínquos, mas num mundo interdependente e no qual as transformações se sucedem numa velocidade acelerada.

Para nos posicionarmos inteligentemente em relação a este mundo temos de conhecê-lo bem. Para nele vivemos de forma consciente e crítica, devemos estudar os seus fundamento, desvendar os seus mecanismos. Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade participando ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos nacional e planetário. E A GEOGRAFIA É UM INSTRUMENTO INDISPENSÁVEL PARA EMPREENDERMOS ESSA REFLEXÃO, REFLEXÃO QUE DEVE SER A BASE DE NOSSA ATUAÇÃO NO MUNDO.
 
Fonte: VESENTINI, J. Willian. Sociedade e Espaço. Atica. 2000. 3ed. 343p.